Aventura em duas rodas: Minas se destaca como polo do cicloturismo no Brasil

Se cada vez tem crescido a opção por bicicletas para se deslocar nas grandes cidades, os brasileiros também têm pedalado na hora de viajar e novos roteiros de cicloturismo têm surgido no país. É o caso da “Volta das Transições”, no interior de Minas Gerais, estruturado no último mês. O circuito prioriza as estradas de terra que cortam os municípios do sul do estado e que integram o Circuito Turístico Serras de Ibitipoca. Assim, os viajantes que optam pelo roteiro passam pelos municípios de Bias Fortes, Bom Jardim de Minas, Ibertioga, Lima Duarte, Olaria, Pedro Teixeira, Rio Preto, Santa Rita de Ibitipoca, Santa Rita de Jacutinga e Santana do Garambéu.

A iniciativa faz parte da política do Ministério do Turismo de regionalização das atividades do setor e foi realizada por um consórcio das cidades que fazem parte do roteiro. O nome Volta das Transições foi escolhido por remeter às características do relevo, fauna e flora locais. O trajeto na Zona da Mata mineira passa por diferentes ecossistemas, como a Mata Atlântica e os Campos Altimontanos, incluindo serras, vales e planaltos. Para preparar o circuito, os idealizadores do projeto fizeram as medições dos principais pontos por GPS e sinalizaram o caminho com placas georreferenciadas, que trazem informações como latitude, longitude, hidrografia, altitude, localidade e quilometragem.

Suporte ao ciclista

O percurso completo, que começa e termina em Santa Rita de Jacutinga, tem 408 quilômetros e foi dividido em sete etapas, com pequenos trechos no asfalto. A primeira coisa que o turista deve fazer é entrar no site da Volta das Transições e se inscrever. O interessado também recebe, por e-mail, o protocolo de check-in. No documento há espaços para carimbos, dados em pontos específicos ao fim de cada etapa. Ao completar todo o percurso, o ciclista envia uma foto do protocolo e recebe um certificado.

Na página, o viajante também pode baixar um aplicativo para celular com a planilha de navegação, ter acesso aos mapas e detalhes de cada etapa. Pelo circuito há pontos de apoio com pronto-socorro, oficinas de bicicleta, restaurantes, hospedagem, agências bancárias e outros comércios. “Fizemos uma cartilha para os turistas e para a comunidade local, com o objetivo de engajar todos no projeto, porque um dos objetivos é movimentar a economia da região”, informa Teixeira.

Pelo caminho

Um dos principais atrativos do circuito é o Parque Estadual do Ibitipoca, localizado nos municípios de Lima Duarte e Santa Rita. Com uma área de 1.488 hectares, a unidade de conservação ocupa o alto da Serra do Ibitipoca, uma extensão da Serra da Mantiqueira, e está na divisa das bacias do Rio Grande e Paraíba do Sul.

Outro destaque é a Fazenda Santa Clara, construída entre 1760 e 1780 e tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA). A propriedade representa o ciclo colonial na região, caracterizado pelas plantações de café e pela mão de obra escrava, e conserva a arquitetura, arte, objetos e mobiliário da época.

Fonte texto e imagens: Agência de Notícias do Turismo/Embatur 

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Blog #GenteQueViaja – Produção e Edição: Milson Veloso – Jornalista, especialista em Comunicação Digital, Mestrando em Interações Midiáticas e viajante

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