Intercâmbio de inverno ou verão? Veja qual a melhor época e como se preparar para a sonhada viagem ao exterior

Fazer boneco na neve, mas enfrentar temperaturas baixíssimas, ou pegar aquele bronze especial e sofrer com o calor extremo? Pode parecer difícil escolher a melhor época para fazer o seu intercâmbio no exterior. Contudo, a estação ideal depende do seu perfil, do tipo de programa escolhido e de qual região está entre as suas preferidas.

Antes de começar a planejar a viagem, considere se você prefere fazer o intercâmbio de inverno ou verão, que são os mais comuns, principalmente nos Estados Unidos e Canadá. Caso nenhuma dessas opções te pareça adequada, existe sempre a possibilidade de embarcar nos períodos entre elas, o outono e a primavera, quando o clima está mais ameno.

Neste post, você poderá tirar as dúvidas sobre quando é a melhor estação para a experiência em outro país e como fazer a escolha da forma correta. Confira conosco o que avaliar neste momento.

1) Primeiro passo: faça uma avaliação sobre suas preferências e gostos pessoais

Para iniciar qualquer tipo de intercâmbio, a etapa inicial é sempre o planejamento. E a escolha sobre a melhor época para sua viagem também passa por este quesito. Avaliar bem os seus gostos pessoais, considerando o perfil que você tem e como ele se encaixa no contexto climático e geográfico de outro país é essencial. Entre as questões mais importantes, está: em qual clima você se sente mais confortável?

Reflita sobre quais ambientes te chamam mais a atenção, as metrópoles ou o interior? Uma montanha nevada, onde pode esquiar, por exemplo, também traria as dificuldades de enfrentar baixas temperaturas, o incômodo de caminhar na neve e possíveis alergias. No outro extremo, o verão no hemisfério Norte consegue ser escaldante, dependendo do local escolhido, mas permite experiências com esportes radicais e aquáticos. (Imagem: Jerome Dominici/Pexels)

2) Segundo passo: conheça bem o calendário e as estações em cada hemisfério

Pode parecer uma recomendação simples, mas a marcação das estações é muito diferente em cada hemisfério. Por exemplo, enquanto algumas regiões aqui do sul, como África, têm sol praticamente nos doze meses do ano, há países mais ao norte, a exemplo da Finlândia, onde ele dá as caras somente no verão. Dessa forma, conhecer como o clima muda de acordo com o calendário é um fator primordial.

De maneira mais geral, quando estamos falando do hemisfério norte, onde estão EUA, Canadá e Europa, o inverno se inicia oficialmente no dia 21 de dezembro, mas o frio pode ser sentido desde outubro, quando ainda é outono e as folhas estão secas. O verão tem início no dia 21 de junho, mas as temperaturas já ficam mais amenas desde meados de maio, quando é a primavera e a vegetação volta a ganhar aparência mais florida. (Imagem: RawPixel/Pexels)

3) Terceiro passo: analise os tipos de intercâmbio para as diferentes temporadas

Ainda como parte da etapa de planejamento, uma análise criteriosa sobre os seus propósitos com o intercâmbio é muito importante. Seu objetivo é estudar e aprimorar as habilidades em outro idioma durante as férias? Que tal aproveitar o período no exterior para trabalhar e cobrir os gastos da viagem? Ou seu interesse é mais em participar de algum projeto social de forma voluntária? Essas escolhas podem influenciar no tipo de programa mais adequado e, consequentemente, na época de embarque.

Para as viagens de estudos, é possível adaptar e comprar pacotes ao longo de todo o ano, inclusive no outono e na primavera, e isso interfere no valor dos cursos e da hospedagem, de acordo com a demanda em cada período. Já os programas de trabalho, seja remunerado ou voluntariado, geralmente requerem capacidade de comunicação no idioma local.

Entre as opções, estão os intercâmbios em Summer Camp (verão), para atuar com esportes como canoagem, natação, kayaking, escalada e recreação; e o trabalho em resortes e estações de esqui na temporada de frio. Aos que procuram realizar trabalho não remunerado, há alternativas em várias épocas, mas o verão é o período de mais oportunidades e você pode atuar em escolas, ONGs ou projetos pontuais. (Imagem: Bibhash Banerjee/Pexels)

4) Quarto passo: converse com quem já viajou nessa época para a região escolhida

Trocar figurinhas com outros intercambistas facilita bastante todo o processo. Essa é uma medida que permite conhecer melhor as características da região para onde você pretende viajar, saber mais sobre questões climáticas naquele período específico do ano e receber dicas do que levar. Entretanto, é importante lembrar que cada pessoa vive e reage às experiências de forma única, sendo a opinião relevante, mas não um parâmetro 100% equiparável ao que você viverá no exterior.

Ao conversar com alguém que já viajou pelo tipo de intercâmbio que você está planejando, faça perguntas estratégicas que te auxiliem a estruturar seu programa. Questione, por exemplo, quais os alimentos mais consumidos na estação, o vestuário apropriado para as temperaturas, as atividades mais comuns na região. Anote as dicas e compare com outras informações que encontrar na internet e as oficiais da agência que for contratar para dar o suporte. Ter toda essa bagagem de conhecimento prévio permite alinhar melhor as expectativas com a realidade que será encontrada. (Imagem: RawPixel/Pexels)

5) Último passo: prepare-se para sair da sua zona de conforto e encarar a nova realidade

enha em mente que você estará embarcando para outro país, onde a cultura tem traços distintos dos que está acostumado. Além da adaptação ao novo idioma, as primeiras semanas do intercâmbio apresentam uma série de desafios. Você provavelmente precisará mudar a rotina, terá que lidar com pessoas de perfis diferentes do seu e encontrará hábitos alimentares que podem ser peculiares.

Mesmo conhecendo bem todos os aspectos climáticos da região, é apenas quando vivenciar na pele o calor de 45 graus celsius do Texas, por exemplo, que saberá exatamente como se comportar em atividades ao ar livre. Ao tentar caminhar na neve, notará quão incômodo essa simples ação se torna e requer medidas cautelares para não ficar atolado. (Imagem: Ylanite Koppens/Pexels)

O essencial é saber lidar com tudo de forma consciente, entendendo se tratar de uma temporada e não algo que durará para sempre. Com isso bem claro, fica mais fácil se adaptar, enfrentar os percalços de cada estação e aproveitar tudo o que o intercâmbio lhe proporciona, seja no inverno ou no verão.

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Blog #GenteQueViaja – Produção e Edição: Milson Veloso – Jornalista, mestre em Comunicação Social, especialista em Comunicação Digital e viajante. Imagens: Pexels/CC