Oito perguntas essenciais sobre a experiência de intercâmbio em acampamentos de verão nos Estados Unidos
Hello everyone! Meu nome é Brenda Queiroga, mas podem me chamar de Bubble, tenho 21 anos e, por meio do YCCP (Camp Counselor Program),trabalhei no YMCA Camp Weaver durante o verão americano de 2018. Neste post, vou contar um pouco mais e responder a oito perguntas essenciais sobre a experiência de viver o intercâmbio em um acampamento nos Estados Unidos.
O Summer Camp para onde fui fica na Carolina do Norte, em uma cidade chamada Greensboro. Entre um avião e outro, demoramos boas 16 horas do Brasil até chegar ao acampamento. Depois de pousar, ainda tivemos que percorrer 1h de carro da cidade base até lá. Imagina a ansiedade?
1) Como foi a chegada aos Estados Unidos?
Viajei acompanhada de mais 3 amigos que trabalharam comigo durante os três meses, pousamos em Miami ouvindo “Party in the USA” no fone de ouvido. Quem não ama um bom clichê? Sem comentar a emoção de falar o seu primeiro “Hello, how are you?” em solo americano…
Estávamos muito empolgados e fomos de BH até lá ensaiando as camp songs que tínhamos aprendido no treinamento com a Globe Trotter no Brasil. Nosso propósito era bem claro: fomos determinados a mostrar que os brasileiros eram ótimos counselors. E, modéstia à parte, posso garantir que a experiência foi marcante para todos: nós, intercambistas, as crianças e os colegas de trabalho.
2) O que é preciso para ser um Camp Counselor?
Como Camp Counselor você tem que procurar estar sempre animado, pronto para ajudar as crianças, aberto para se sujar (e muito!), ser um bom ouvinte, lembrar de ser muito gentil com seus colegas, dar um bom exemplo e o mais importante: querer se divertir com os seus campers.
Por falar nisso, não falta opção quando o tema é diversão, seja contando histórias, nadando, jogando algum esporte, ensinando a fazer friendship bracelets, se sujando de areia no gagaball, assando marshmallows… enfim, mantenha-se sempre positivo e cheio de energia, independentemente da atividade que estiver fazendo.
>>> LEIA TAMBÉM: Descubra oito formas simples para você desenvolver habilidades de liderança durante o intercâmbio como Camp Counselor nos EUA
3) Como era a minha rotina no Summer Camp?
Durante o Summer Camp, dei aulas de teatro e dança – ah, esqueci de contar: aqui no Brasil já trabalho como atriz, o que foi ótimo para o meu currículo. Era incrível ver as crianças se soltando aos poucos, até os mais tímidos surpreendiam, apresentando as skits e fazendo coreografias.
O Camp Weaver oferece várias atividades para os campers: arco e flecha, canoagem, passeios a cavalo, escalada, nadar no lago e na piscina, tirolesa, paintball, culinária, jardinagem, entre várias outras. A melhor parte de ser um counselor e poder aproveitar tudo isso também e experimentar novas coisas a cada dia.
4) Quais foram os momentos mais marcantes do intercâmbio?
Lembro-me como se fosse hoje quando segurei uma cobra pela primeira vez; quando escalei e fiz tirolesa, superando meu medo de altura; quando aceitei o alvo no campo de tiro ou quando desci o tobogã gigante até cair no lago. Só de pensar me dá saudade. Existe trabalho mais legal?
Por sinal, trabalhar em um acampamento de verão é muito divertido, mas também existem várias responsabilidades. Afinal, os pais dos campers deixam sob nossos cuidados o bem mais valioso que eles têm. Imagina a pressão que é ser um “role model” internacional e marcar para sempre positivamente a vida das crianças!
5) Que tipo de desafio o Camp Counselor enfrenta?
Eu, especificamente, optei por trabalhar com os campers mais novos, de 7 a 11 anos. Portanto lidei com situações como pipi na cama, pipi na calça, homesickness (o termo que eles usam quando a criança sente muita saudade de casa), brigas, pirraça e etc. São muitas as oportunidades de aprender e crescer.
Passar por esses momentos é estressante, mas acredito que foram eles que me ensinaram mais sobre empatia, como cuidar do outro, paciência, humildade, como as palavras podem fazer o bem, entre várias outras coisas.
6) Como era o suporte no ambiente de trabalho?
E é claro, nunca estive sozinha: no camp, você é treinado previamente para lidar com essas situações e também tem uma rede de apoio para caso você fique perdido e não saiba o que fazer. O que eu mais tentava me lembrar quando tinha problemas como esses era o motivo pelo qual o camp counselor está ali: para fazer com que as crianças se divirtam!
Eu me inscrevi no programa principalmente porque queria treinar o meu inglês e pensei que fazê-lo em um acampamento de verão seria interessante. Além disso, era algo fora do que eu estava acostumada no Brasil e iria me tirar da zona de conforto.
7) Vale mesmo a pena ser Camp Counselor nos USA?
Outro ponto importante é a relação custo x benefício do programa de treinamento + intercâmbio nos Estados Unidos pela Globe Trotter. Graças ao dinheiro que economizei, acrescentando o pagamento do camp, pude pagar a viagem linda que fiz pela Califórnia no meu pós-camp.
Depois de passar pela experiência, vejo que o YCCP oferece muito mais do que apenas um intercâmbio barato. Ficar responsável por aquelas crianças exigiu de mim uma sensibilidade que eu nunca tinha precisado antes. Trabalhar 3 meses direto, 23 horas por dia, 6 dias por semana (no overnight camp) em grupo, com pessoas de personalidades diferentes da minha me fez amadurecer muito.
8) O que guardarei desta experiência em Summer Camp?
Durante esse intercâmbio eu errei, aprendi, chorei, ri, cai e levantei várias vezes. Conheci pessoas maravilhosas que hoje são minha família e tive oportunidade de fazer a diferença na vida de crianças que moram do outro lado do mundo, se bem que acho que aprendi com elas muito mais do que ensinei.
Por esses motivos e muitos outros o Camp Counselor Program valeu muito a pena. Se você perguntar, cada participante terá vivido coisas diferentes, mas algo que todos dizem e agora posso confirmar é: it was the best experience of my life!
Se você tem entre 18 e 30 anos, nível de conversação em inglês e quer conhecer mais sobre os programas de intercâmbio em Summer Camp com a Globe Trotter, clique aqui e preencha os dados para receber mais informações.
Blog #GenteQueViaja – Produção e Edição: Milson Veloso – Jornalista, mestre em Comunicação Social, especialista em Comunicação Digital e viajante. Agradecimentos à Camp Counselor, Brenda Queiroga, pela colaboração com este post.
Deixe um comentário