Peru: as magníficas ilhas flutuantes dos Uros e a tribo que resistiu aos Incas com inteligência

Por Milson Veloso

Você já ouviu falar de Uros? As ilhas flutuantes na parte peruana do Lago Titicaca oferecem um banho de história e cultura para qualquer viajante. Construídas desde a época pré-colombiana pela tribo de mesmo nome que habita o lago – além de áreas na Bolívia e no Chile -, as estruturas têm na base a planta totora, também utilizada para a construção das casas. Um conjunto de 70 mini ilhas compõe a comunidade dos Uros na região, que vive da pesca artesanal e do turismo.

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A curiosa tribo, localizada a cerca de 30 minutos da pequena cidade de Puno e a quase 380 km de Cusco, já perto da fronteira com a Bolívia, conta com orgulho que resistiu até mesmo a avanços dos incas. “Como sempre soubemos navegar muito bem e lidar com o lago, conseguíamos perceber qualquer sinal de ataque e nos preparar para as batalhas na água”, diz um dos moradores locais ao grupo de turistas, que observam com olhares atentos cada detalhe do local. Ainda assim, os incas chegaram a dominar algumas comunidades e escravizar esses povos – que escolheram o lago navegável mais alto do mundo, a aproximadamente 3.800 metros de altitude, para ser o seu lar.

Totora

A planta totora, assim como o Lago Titicaca, se tornou sinônimo de sobrevivência para os Uros. Além de servir como a base de cada ilha, cujo piso – denominado khili – precisa ter a camada superior reconstruída quinzenalmente, é com a folha da cana que os índios produzem seus barcos de estilo original e até reforçam a dieta. “A parte mais próxima da raiz, que é quase branca e macia, serve para nos alimentarmos”, conta o guia local. Outra fonte de alimentos são os ovos de pássaros, aves e peixes.

Cultura

Preservando sua cultura ao longo dos séculos, os nativos se organizam de forma bem interessante: o arquipélago tem um líder e uma das ilhas funciona como capital, onde as cerca de 270 famílias discutem medidas e ações para o bem da comunidade. Parte do espaço é usado para o turismo, por onde passam dezenas de barcos carregados de viajantes curiosos diariamente.

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